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A Industrialização brasileira

  • Foto do escritor: Grow Up
    Grow Up
  • 24 de jul. de 2019
  • 4 min de leitura

A Indústria Brasileira é ainda muito jovem. O ciclo da indústria de base, com as Siderúrgicas, tem início somente com Getúlio Vargas na década de 1930. Antes disso o país tinha apenas indústrias de bens de consumo de menor complexidade tecnológica. A indústria automobilística tem a sua expansão com Juscelino Kubitschek.


O Brasil é considerado um país atrasado em relação a sua industrialização. Não temos ainda um século de indústria pesada. Durante a época do Brasil Colônia Portugal impedia o país de produzir manufaturas. E mesmo na fase do Império ficamos afastados da inovações da Revolução Industrial.  Com a Proclamação da República (1889) é até o fim da República Velha o poder central estava atrelado às oligarquias fundiárias. As mudanças profundas só vieram acontecer em 1930, com Getúlio Vargas na Presidência.


Os ciclos econômicos do Brasil desde os tempos da chegada dos portugueses às nossas praias em 1500 estiveram atrelados aos interesses de Portugal por quatro longos séculos. Era praticamente proibido criar indústrias em nosso território. Apenas as economias de exploração da madeira (Ciclo do Pau Brasil); do Ouro, do Açúcar ocorreram porque eram de interesse da Coroa Portuguesa.


O Ciclo do Café tem início ainda sob o Brasil Colonial, e atravessa o período do Império e início da República. Mas, como nos ciclos anteriores, tinha foco na exportação, e não em um mercado interno ou criação de indústria de bens.


As primeiras indústrias  no Brasil tinham base tecnológica mais simples, direcionadas para a produção de alimentos, roupas, velas e sabão.



Foi no período do governo de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1945, e depois entre 1951 a 1954 que o Brasil teve uma grande explosão de indústrias de base.


A industrialização brasileira e a Era Vargas


Dentre as grandes empresas abertas durante os governos de Getúlio Vagas os maiores destaques são: Companhia Siderúrgica Nacional (CSN);  Companhia Vale do Rio Doce (Vale); e a Petróleo Brasileiro S/A (Petrobrás). Posteriormente, Getúlio Vargas criou também o o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).


A ideia inicial para o BNDES era financiar o setor industrial e a tão promissora empresa exploradora de petróleo, a Petrobrás. Essa fase foi primordial para industrialização brasileira, pois sem essas indústrias de base, nada poderiam produzir aqui.


Getúlio Vargas criou a Petrobrás, companhias de mineração, as Siderúrgicas, e abriu caminho para a indústria moderna no Brasil.


A industrialização brasileira e o governo de Juscelino Kubitschek


Já com o governo de Juscelino Kubitschek, o crescimento ocorreu de uma forma diferente, pois foi feita a abertura de investimentos, ou seja, as empresas estrangeiras poderiam investir no país.


Além do presidente ter “aberto” milhares de quilômetros de estradas pelo país inteiro, incentivando a vinda de indústrias do setor automotivo, foi criada a cidade de Brasília. A capital desenvolveu a construção civil naquele período. Juscelino também impulsionou a criação de hidrelétricas.


Nesse contexto, as multinacionais invadiram o país, investindo em indústrias de bens de consumo, com tecnologia importada, mas mão-de-obra nacional na maior parte. É claro que os brasileiros ocupavam os postos de trabalho que exigem menor qualificação.


A industrialização brasileira e o Governo Militar


Com a entrada dos militares, o nacionalismo fez com que esses investimentos externos reduzissem consideravelmente e passamos por uma fase “obscura” da economia e industrialização do país.


Apesar investimento dos governos militares em infraestrutura estatal, aumentando o número de universidades, e fortalecendo a tecnologia para o meio rural, com apoio às pesquisas da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o ciclo da indústria privada não se destacou, salvo por segmentos protegidos por reservas de mercado contra a concorrência de produtos importados.


Esse ciclo de baixo desenvolvimento da indústria privada no país perdurou no início da Nova República, após o fim dos governos militares, com José Sarney no governo entre 1985o início de 1990, quando tomou posse na Presidência da República o alagoano Fernando Collor de Melo.


Ele abriu o mercado brasileiro para o mundo, com ações que permitiram a maior importação de automóveis e outros bens de consumo.


Essa situação fez com que muitas indústrias “quebrassem” por não conseguirem ter preços competitivos. Por outro lado, as que conseguiram se manter, tiveram que melhorar a qualidade de seus produtos e deixarem seus os preços competitivos. A forte inflação do período Collor, e mesmo após o seu Impeachment em 1992 não deixaram boas lembranças para a indústria brasileira.


Em 1994, sob a presidência de Itamar Franco o país lança o Plano Real, tendo Fernando Henrique Cardoso como o ministro da fazenda liderando o processo de realinhamento da economia do país, o que viria abrir um novo ciclo econômico de estabilidade da moeda.



A  situação industrial brasileira nas décadas de 2000 e de 2010 refletiram os altos e baixos da economia do país, repercutindo em grande parte as políticas públicas e expansão ou contração da economia.


O país não teve uma nova explosão industrial, mas sim uma migração das indústrias mais significativas que passaram a deixar o eixo tradicional das capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, e suas respectivas Regiões Metropolitanas para migrar em direção a outras áreas que ofereciam melhores condições para se instalarem.


Ganharam nesta corrida as cidades que ofereciam vários pontos positivos, como os citados abaixo:

– Boa infraestrutura;

– Acesso logístico aos Mercados consumidores;

– Impostos mais baratos ou com isenção;

– Salários mais baixos;

– Relação amigável com Sindicatos de trabalhadores;

– Propriedades mais baratas;

– Menos violência;

– Menos trânsito.


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