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Por que a leitura é fundamental para uma boa redação?

  • Foto do escritor: Grow Up
    Grow Up
  • 28 de jun. de 2019
  • 3 min de leitura

No início do ano, a Fuvest, instituição responsável por um dos vestibulares mais concorridos do Brasil, solicitou aos candidatos que foram aprovados para a segunda fase que escrevessem uma dissertação sobre o tema “Devem existir limites para a arte?”. Utilizando como base trechos de cinco textos distintos que abordavam vários aspectos do assunto, a proposta exigia a construção de uma opinião.


A QUESTÃO, QUE ASSOMBRA GERAÇÕES DE VESTIBULANDOS, É: COMO CONSTRUIR UM TEXTO OPINATIVO DA MELHOR FORMA POSSÍVEL?


Para a construção de um texto como esse, é preciso ter uma tese a ser defendida. Além disso, é necessário validar essa ideia com base na construção de argumentos. Se a tese e os argumentos não forem consistentes, o desempenho na redação tende a ser baixo.


Para garantir essa consistência é preciso ter conhecimento do assunto a ser abordado. Além disso, quanto mais extenso for o repertório do estudante, maiores as chances de ele já ter refletido sobre o tema e já ter um posicionamento. Para isso, é fundamental que ele leia sobre os mais variados assuntos. Deve-se levar em consideração, também, que as provas de redação de vestibular no Brasil, de um modo geral, optam por temas atuais e que geraram repercussão na sociedade em um período recente. Por exemplo, a redação da Unicamp deste ano discutiu a pós-verdade; já a Universidade Estadual do Ceará debateu a modernidade líquida em 2016.


POR ISSO, NO QUE DIZ RESPEITO AO REPERTÓRIO PARA O VESTIBULAR, LER CONTEÚDO JORNALÍSTICO É FUNDAMENTAL.


Além dos argumentos e da tese, é necessário saber construir uma redação nos moldes exigidos por determinado gênero textual. No exemplo da proposta da Fuvest, trata-se de um texto de opinião, mas poderia ser um outro gênero, como uma fábula, uma carta etc. A melhor forma de saber como fazer essa construção da maneira correta é estudando exemplos. Por isso, além da leitura de textos jornalísticos, leve em conta outros gêneros. Isso possibilita que sejam percebidas diferentes estruturas, estilos, esferas de circulação.


Quanto mais diversificado o leque de gêneros lidos, mais proficiente na escrita fica o estudante. Isso acontece porque mais recursos linguísticos podem ser acionados nas produções. Isso abre caminhos para a escrita reflexiva, para a adequação da linguagem ao interlocutor, ao destinatário e ao local de publicação, por exemplo. É preciso saber, de acordo com a proposta, qual é o tipo de linguagem exigida. Além disso, pensar sobre qual é o público e qual é o objetivo – uma carta pode não exigir uma linguagem formal, diferente de um texto científico, assim como uma produção publicitária tem um objetivo diferente de uma poesia, e assim por diante.


Cada redação apresenta uma demanda e o segredo para ter um bom desempenho é ter um bom repertório. Portanto, é preciso praticar a escrita e realizar um processo de revisão, ou seja, uma leitura crítica do próprio texto. Não se esqueça de que ler e escrever são ações indissociáveis.


LEITURA E ESCRITA: NÃO É SÓ PARA O VESTIBULAR


Vale ressaltar que, apesar da necessidade de elaborar uma boa redação ser ainda mais evidente quando um estudante busca ingressar em uma faculdade, a necessidade de formar bons redatores, e bons leitores, não é uma exclusividade dessa fase. Um estudo feito com trabalhadores brasileiros revelou que quatro em cada dez profissionais de chefia não dominam a escrita e a leitura. A mesma pesquisa diz que menos de um quarto dos brasileiros sabe ler e compreender um texto científico (como uma bula de remédio) e uma parcela menor ainda é capaz de ir até uma banca de jornal, selecionar um artigo e distinguir fato de opinião.


A DEFASAGEM NESSE QUESITO COMEÇA NA ESCOLA.


Dados de uma pesquisa da Prova Brasil apontaram, em 2015, que 70% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental não passam do nível básico no quesito leitura e interpretação, sendo 18% com nível insuficiente. Em uma escala que varia entre insuficiente, básico, proficiente e avançado, apenas 5% do total se enquadra nesse último nível. A leitura e a escrita são essenciais para a formação do cidadão crítico e ambas são habilidades a serem desenvolvidas com tempo e dedicação.


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