Redação: cuidado com as marcas da Oralidade em seu texto

Falamos língua portuguesa e ponto final! Normalmente pensamos assim. Eu falo e o outro entende, ótimo. Mas, já que o assunto é a Redação do Enem, “o buraco é mais embaixo”. O MEC exige que você escreva de acordo com a norma culta.

Nós falamos a língua portuguesa, quanto a isso não existe problema, porém há uma diversidade de falares diferentes que variam de acordo com uma série de fatores. Seguem abaixo alguns desses fatores que interferem no nosso falar.

Fatores regionais – expressões usadas por falantes de uma região; às vezes, há variações dentro de um mesmo estado.

Fatores culturais – O grau de escolarização e, até, a formação cultural, seu conhecimento de mundo, chamado também de conhecimento enciclopédico.

Fatores contextuais – Para cada situação, uma forma de falar diferente. Se estamos no bar com amigos, usamos um tipo de linguagem diferente daquele que usamos quando precisamos atender um cliente no trabalho.

Fatores naturais – Para cada idade e sexo existe um tipo de linguagem diferente.

Adolescentes usam muitas gírias; mulheres são mais cuidadosas com a linguagem; idosos usam palavras que muitos desconhecem.

Os fatores Regionais, Culturais, Contextuais e Naturais frequentemente influenciam a sua produção textual. Da redação, eles devem estar distantes. As marcas da oralidade, ou seja, escrever como se fala não pode fazer parte da sua redação; não use a linguagem cotidiana, chamada de coloquial, ela faz parte da linguagem oral.

Não se esqueça de que em um texto dissertativo-argumentativo é um gênero específico, você não pode escrever como se estivesse conversando com o leitor. Portanto, não use você, verbos no imperativo, tá. Releia seu texto e observe se a linguagem usada não parece com a que você usa quando está em um bar com seus amigos.

Sua redação deve seguir a norma culta, o que importa é o que a “tia Norminha” determina: a escrita deve ser mais rígida, disciplinada, deve primar pela correção gramatical, é como se você estivesse discursando em uma formatura. No momento da produção do seu texto, a “tia Norminha” é a sua fiel companheira.

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